O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, convocou oficialmente neste domingo a data da eleição para o cargo máximo da confederação: dia 24 de março, véspera do jogo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Conmebol para a Copa do Mundo de 2026. Além do presidente, serão escolhidos oito vice-presidentes, três membros efetivos e mais três suplentes do Conselho Fiscal para mandato de quatro anos.
O manifesto da entidade prevê que as chapas deverão ser inscritas até cinco dias antes do pleito, ou seja, até a próxima quarta-feira, dia 19. Os candidatos ainda não estão confirmados e um dos nomes mais comentados era o do ex-atacante da seleção brasileira, Ronaldo, mas ele desistiu após alegar falta de apoio das federações estaduais.
O motivo que levou à saída do antigo jogador das eleições é o mesmo que configura Ednaldo Rodrigues como favorito, visto que, segundo ele, 23 das 27 filiadas indicaram “satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição”. “Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, escreveu o craque em postagem no Instagram.
Ronaldo precisava do apoio de pelo menos quatro das 27 federações, e de quatro clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Sem isso, ele sequer entraria na disputa. Pelas regras eleitorais da CBF, na eleição presidencial, o voto das federações tem peso três. Dos clubes da Série A é dois e dos clubes da Série B, um. Assim, é possível vencer o pleito somente com os votos das filiadas.
Ednaldo Rodrigues ocupa o cargo de presidência da CBF desde 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, quando assumiu como interino. Em 2022, foi eleito efetivamente. Um ano depois, em dezembro 2023, foi deposto por suspeitas de irregularidades no pleito em que foi vitorioso, sendo reinstalado no começo de 2024 através de uma liminar de Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A decisão de reintegrá-lo veio sob o risco da exclusão do Brasil da Copa do Mundo de 2026, já que a destituição de Ednaldo foi feita pelo TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), caracterizando intervenção do judiciário em assuntos de autonomia das entidades esportivas. Tanto Fifa quanto Conmebol ameaçaram a CBF com a exclusão na época. Em fevereiro, a Justiça do Rio de Janeiro encerrou a ação.
PB Esportes com informações da Agência Estado
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