De um lado a Argentina, atual campeã mundial e continental. Do outro, uma embalada e invicta Colômbia que luta pelo seu segundo título. A inédita final da Copa América-2024, neste domingo em Miami, promete ser uma grande partida e sem um franco favorito.
Se a boa versão do craque Lionel Messi mostrada nas semifinais dá uma certa vantagem à ‘Albiceleste’, as brilhantes atuações de James Rodríguez, na corrida para ser eleito o melhor jogador da competição, coloca os colombianos em igualdade de condições para lutar pelo título do torneio nos Estados Unidos.
Um ano e meio depois de bordar a terceira estrela de campeã mundial em seu escudo, a Argentina busca a simbólica ‘Tríplice Coroa’, um marco no continente se conseguir conquistar o título no domingo no jogo que começa às 21h (de Brasília), no Hard Rock Stadium, após conquistar o mundo na Copa do Catar-2022 e a América do Sul no Brasil em 2021.
A ‘Albiceleste’, com 15 títulos, lidera, junto com o Uruguai, o ranking das seleções mais vencedoras da Copa América, e almeja ficar sozinha no topo dessa lista.
Os colombianos, por sua vez, não chegavam à final da Copa América desde 2001, quando conquistaram seu único título continental ao derrotar o México em Bogotá, como anfitriões do torneio. E vão entrar em campo em Miami com um recorde de invencibilidade de 28 jogos que deixa claro o grande momento que vivem.
Argentina intacta
Depois de vencer o Canadá por 2 a 0 nas semifinais, em que Messi marcou um gol e tirou todas as dúvidas sobre a sua recuperação de um desconforto na coxa direita, a Argentina chega à última batalha com seu elenco intacto.
O técnico argentino, Lionel Scaloni, colocará o mesmo time titular que enfrentou os ‘Canucks’ na terça-feira em East Rutherford (Nova Jersey), mas com uma variação posicional de Ángel Di María, como meio-campista pela esquerda.
“A final nos encontra em um bom momento. Qualquer time que vai disputar uma final sabe que experiência tem e o que está em jogo”, disse Scaloni em entrevista coletiva.
“Néstor (Lorenzo) encontrou o funcionamento em torno de James Rodríguez e é um prazer vê-lo jogar. Não nos concentramos em um jogador, mas na equipe. A Colômbia é uma grande equipe. Nossa forma de defender será em equipe e por zonas, tentaremos ser os donos do jogo”, acrescentou.
Ele também se referiu aos violentos incidentes no final das semifinais entre Uruguai e Colômbia e pediu às duas torcidas para que vivenciem a final como “uma festa e com alegria”.
“Amanhã teria que ser uma festa igual à alegria de poder conquistar um título, acho que seria uma alegria para todos se (a partida) terminasse bem”, disse.
Uma Colômbia “com fome”
Após a vitória tensa de 1 a 0 sobre o Uruguai nas semifinais em Charlotte (Carolina do Norte), a Colômbia vai entrar em campo com o importante desfalque do lateral-direito Daniel Muñoz, expulso contra a ‘Celeste’, e até o último momento aguardará a recuperação do meio-campista Richard Ríos, sofrendo de dores na perna esquerda.
“Precisamos ser a melhor versão da Colômbia para vencer a campeã de tudo. Tivemos vários jogos com situações que fizeram com que nós tivéssemos que nos reinventar. Estamos em um momento muito bom. A equipe tem margem de melhora e esperamos ter um grande desempenho amanhã”, disse Lorenzo durante a entrevista coletiva.
Felizmente para a Colômbia, James Rodríguez vive na Copa América um de seus melhores momentos com a camisa da seleção, ao contrário do que acontece no São Paulo, onde tem jogado poucos minutos nesta temporada.
“Vai ser uma final difícil, mas temos fome e isso é o mais importante. O objetivo é sermos campeões, vamos jogar contra os campeões mundiais, contra o Messi, o melhor de todos os tempos, mas esta equipe vai lutar por esse título”, observou o camisa 10 colombiano.
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